Quem não foi surpreendido esta semana, por uma notícia que fez até mesmo a presidenta chorar? Não tinha como fugir do assunto, estava na TV, no rádio, nos jornais e revistas, corredores de faculdade, escolas, escritórios, enfim, uma grande comoção popular.
As notícias e os detalhes do massacre na escola de Realengo foram chegando de forma simultânea pelos veículos de comunicação. Era possível se saber em tempo real, cada pista encontrada pela polícia, caminhos da investigação, resgate das vítimas e todo o procedimento neste tipo de acontecimento.
Para maioria, estava claro os motivos do crime, o bullyng, assim como quem tinha cometido tamanha atrocidade com meninos e meninas inocentes que estavam em uma instituição de ensino.
Passado o alvoroço dos primeiros intantes, os vídeos com as imagens da crueldade do assassino começam a cirular pela internet, podiamos ver as pessoas gravando com seus celulares a cena do crime e toda a ação policial.
Como concluimos em nosso conceito de jornalismo colaborativo, isso faz parte deste processo, mas até onde vão os valores éticos de publicações como esta?
Se as cenas são chocantes para quem vê, imagina para quem viu, sentiu e passou por isso. Imagina as pessoas que estão diretamente envolvidas neste crime?
Com as perguntas acima, questionamos até onde vai essa exagerada divulgação de noticias, sem filtro e sem pudor. respeito as famílias? Acredito que isso passou um pouco longe. É uma forma de protesto, mas parece que as imagens não tinham limites.
Se você quer ver toda a ação do garoto que cometeu suicidio após matar todas aquelas crianças, pergunte ao Google. Ou navegue pelos videos do youtube. Se preferir, entre em sites de emissoras brasileiras e procure por este assunto. Centenas de vídeos postados irão surgir, todos sem nenhuma preocupação com a dor de quem perdeu um parente querido.
Por isso faço a seguinte pergunta: colaborar é uma questão de controle ou descontrole?
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